Júlio disse que não tem nada haver com o desaparecimento da criança, mas ainda será ouvido pelo delegado
Júlio Pereira (acusado)
A Polícia Militar prendeu na manhã desta segunda-feira (9), Júlio Pereira da Silva, 32, acusado de ter dado sumiço no menor João Artur Braz da Silva, 6 anos de idade, conhecido como Victor, na última sexta-feira. Segundo informações da PM, ele foi preso às 04h00 da manhã, no Sítio Caboclo, município de Dona Inês, onde ocorreu o fato.
Em depoimento, Júlio disse que não tem nada haver com o desaparecimento da criança e nem sabe onde ela se encontra, mas segundo depoimentos de testemunhas, ele foi visto passando com Victor pelo sítio Mulungu, ambos montando um jumento e ao retornar ele foi novamente visto, só que desta vez sem o menino.
Em entrevista ao repórter Zé Roberto, da Rádio Constelação FM, o Capitão Silva Ferreira, que comandou a operação, disse que este é mais um ponto que reforça a possibilidade de que Júlio tenha envolvimento no caso e apareça como o principal suspeito pelo desaparecimento do menor. Ele também teria ameaçado o menor desaparecido há alguns dias atrás.
Júlio estava foragido da justiça havia dois anos, por quebra de albergue. Ele pagava pena por ter assassinado e esquartejado um ancião na cidade de Belém-PB e depois ocultado o cadáver dentro de uma fossa.
Nós acompanhamos também uma entrevista dada pela mãe biológica do menor, conhecida como Santana. Um mês após o nascimento de Victor ela o deu para que sua irmã, Margarida, o criasse. Santana estava no Rio de Janeiro e chegou à Dona Inês quinta-feira da semana passada. Na hora do reencontro com o filho, depois de seis anos, ele estava dormindo. Ela conta que não chegou a vê-lo acordado e diz por que pediu para que sua irmã criasse o menino. Santana também fala, emocionada, sobre o sumiço do mesmo.
Júlio Pereira da Silva foi entregue ao delegado Ricardo Senna que deverá interrogá-lo para tentar “arrancar” do mesmo o local onde ele possivelmente tenha deixado o menino Victor.
Segundo a polícia, Ana Lúcia, mulher do acusado, disse em depoimento que júlio chegou em casa com o menor, deu três bananas a ele e em seguida saiu com ele em jumento portando uma foice. Ao retornara para casa sozinho, Ana Lúcia perguntou pelo menino e Júlio respondeu pronunciando um alavrão dizendo que não queria saber de nenhum menino.
Juka Martins/Da Redação
- Júlio Pereira (acusado)
