Acompanhando este caso que está causando sensação em Dona Inês, envolvendo os personagenas páginas principais, a polícia, a mídia e boa parte da população, chego ao fim do 3º. dia de corre-corre, informações, notícias, etc., e por acaso, ocorreu-me uma ideia. Meio doida, é verdade, talvez sem nexo, mas estou acostumado a dar ouvidos às minhas intuições e de vez em quando acerto uma. Mas aqui não é questão de acertar, mas de externar uma variável desse caso que até agora ninguém pensou, ou ninguém disse.
E se o Arthur não estiver morto, mas tiver sido levado por alguém para longe, raptado? alguém que nesse momento pode estar cada vez mais longe, aproveitando-se que o foco está no local do crime e não nas demais perspectivas. Será?
A primeira pergunta que faço é: Quem teria interesse em raptar o garoto? Existe algum problema familiar? Por que alguém raptaria um garoto que mora com a tia? Quem é o pai do Arthur? Não é estranho Arthur Braz da Silva (o desaparecido) ser chamado de Vítor e Júlio Pereira da Silva, o acusado, ser chamado de Júnior?
Confesso que achei estranho que de manhã houvesse uma mãe do garoto ligando na Talismã e pedindo justiça e a mesma moeda de pagamento para o culpado, e a tarde surgisse a notícia e a foto da mãe verdadeira, récem chegada de viagem, a mãe que deixou o filho com um mês de vida e volta agora quando ele tem 7 anos, que viu o filho dormindo, nem falou com ele e logo em seguida o mesmo desapareceu. “Santa coincidência, Batman!”, diria Robin. Coincidência e azar demais. Para quem assiste os filmes de Sherlock Holmes, é um mistério, uma história que pode ter vários desdobramentos e apresenta pontas soltas.
Sim, primeiro porque o corpo não foi encontrado. Depois haviam várias pistas levando ao acusado, assim, espontâneas, mas que não se sustentam, não há provas. Ele só está preso porque é um fugitivo. Como aparentemente há um culpado, não se pensou nas demais probabilidades ou possibilidades.
Bem, falei. Como disse é somente uma hipótese. Tudo deve ter acontecido como já foi escrito e falado. Mas confesso que torço para que a minha ideia maluca seja verdadeira e o garoto esteja vivo. Aí encontrá-lo seria bem melhor. Vamos esperar o que nos reserva o futuro, mas que dá uma novela, isso dá.
Geraldo Guilherme/VOZ DA SERRA