As centrais sindicais do Mato Grosso CTB, CUT, Força Sindical e NCST, reagiram após a veiculação da campanha “Greve Custa Caro” que, segundo as entidades, fere o direito constitucional dos trabalhadores de se manifestarem por direitos através da greve.
A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito, Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, do Sindicato dos Metalúrgicos e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telefonia, também se manifestaram contra a publicação.
Como forma de impedir que o Fórum das Entidades Empresariais, responsável pela veiculação nos meios de comunicação do Estado, caluniem ações de trabalhadores, que as Centrais Sindicais protocolaram nesta quarta-feira (24) um ofício no Ministério Público do Trabalho, para procuradora Thalma Rosa de Almeida solicitando a retirada da campanha do ar. Também foi solicitada uma reunião para esta quinta-feira (25) para se ter conhecimento do andamento da ação.
Mais do que defender o direito de greve, as centrais sindicais recorreram ao Ministério Público para que as falácias apresentadas pela Campanha sejam esclarecidas, como por exemplo, o discurso de que os reajustes salariais se dão com base no aumento dos preços nas tarifa de ônibus, tarifas bancárias, nas passagens aéreas, que prejudicam a população.
Consequências da greve
A Constituição Federal, em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89 asseguram o direito de greve a todo trabalhador, competindo-lhe a oportunidade de exercê-lo sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Muitos foram os benefícios garantidos para os trabalhadores através de movimentos de reivindicação, como por exemplo, melhores condições de trabalho, redução da carga horária de trabalho, ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses, a própria licença maternidade. Foi por meio de negociações que muitos direitos dos trabalhadores passaram a existir.
O direito de greve, de fato, é legítimo e as lutas realizadas pelas categorias objetivam melhorias para toda população, ao contrário do que está sendo veiculado. Os movimentos sindicais entendem que a manifestação assinada pelo Fórum das entidades Empresariais quer somente confundir a população com informações infundadas e marginalizar a ação de trabalhadores que são embasados pela Constituição, e lutam pelo direito de todos. Sem falar que a greve é a última instância no processo de negociação, e somente quando os patrões fecham as portas que os trabalhadores realizam paralisações.
Ministério Público do Trabalho
Os representantes do movimento sindical se reuniram com a procuradora Thalma Rosa de Almeida, no dia 17 de agosto, após solicitação dos trabalhadores para que o Ministério Público do Trabalho apure as informações veiculadas nas Tvs, rádios e sites. As informações estão sendo levantadas, mas de antemão, a procuradora antecipou as centrais que estaria tomando todas as providências cabíveis.
Da Redação
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