Os anos de 1900 e antigamente também foram muito bons, e não havia nada das tecnologias que temos hoje. Até TV era um item super raro. Havia uma ou duas na cidade. Naqueles dias, a gente se divertia estudando e jogando bola. E o jogo de bola nem sempre era na quadra, ali vizinha da Prefeitura. Jogávamos na rua mesmo e a trave era o meio-fio de um lado e uma pedra ou tijolo do outro. A Av. Manoel Pedro era a nossa arena.
Menino para jogar não era problema, principalmente no horário da noite, quando os filhos de Pedim Justino começavam a aparecer na porta, doidos pra jogar, pois moraram ali na esquina. De repente chegavam Heriberto ( Betim), Zezinho (Bilar), Naldinho, Luis, Toi, Paulinho, Elsinho. 3, 4 times de 5 atletas cada para jogar 20 minutos ou 3 gols, e quem perdesse caía fora. Era ligeirinho.
Os filhos de Pedim não queriam perder jamais, era uma questão de honra. O nome da família estava em jogo. S. Pedim era jogador do time principal da cidade e os filhos queriam seguir ao pai. Lembro que quando perdiam um jogo, discutiam muito entre eles, um jogando a culpa no outro. Dali a pouco havia outro jogo e tudo se acalmava. Era um barato.
Menino para jogar não era problema, principalmente no horário da noite, quando os filhos de Pedim Justino começavam a aparecer na porta, doidos pra jogar, pois moraram ali na esquina. De repente chegavam Heriberto ( Betim), Zezinho (Bilar), Naldinho, Luis, Toi, Paulinho, Elsinho. 3, 4 times de 5 atletas cada para jogar 20 minutos ou 3 gols, e quem perdesse caía fora. Era ligeirinho.
Os filhos de Pedim não queriam perder jamais, era uma questão de honra. O nome da família estava em jogo. S. Pedim era jogador do time principal da cidade e os filhos queriam seguir ao pai. Lembro que quando perdiam um jogo, discutiam muito entre eles, um jogando a culpa no outro. Dali a pouco havia outro jogo e tudo se acalmava. Era um barato.
Jogar ali era bom porque a gente estava sempre perto de casa, quase sob os olhares dos pais e mães. De vez em quando bastava um grito pelo nome para acabar o jogo para alguém. De dia, no calçamento quente só faltava pelar os pés. Havia um torcedor do contra, o velho Joaquim Pinheiro, que ficava no banco da praça diante da delegacia, com seu cacetete-bengala e se a bola parava nos seus pés, ai de quem fosse pegar. Ele se divertia com a gente. KKK. Era uma figura o nosso bom velhinho e pensando bem, acho que ele torcia para os parentes.
A bola de borracha era a canarinho de cor laranja, veloz e saltitante. Os goleiros Carlito de Arão e Antonio Pereira sofriam para pegar as bombas de Ivan, de Naldinho, de Zé Roberto, de Elmo, de Betim, de Deda, de Lalá, etc… Eu só chutava colocado e mesmo assim, de vez em quando arrancava a cabeça do dedão do pé e passava 15 dias indo a escola com um pé no kichute e outro na sandália havaiana – aí que raiva que dava.
Em tempo: havia um probleminha, que era quando a bola entrava na casa de alguém e se quebrava alguma peça… ai ai ai…
Mas voltemos ao presente: Quem bom que nesse domingo acontecerá uma pelada na Serra, reunindo boa parte desses personagens, em memória dos velhos tempos, em que o mundo se resumia àquele pedaço de rua, onde deixamos pedaços de couro de dedos, joelhos, coxas, mas que nos marcaram de forma positiva. Que bom que para muitos, a alegria dos bons tempos não ficou esquecida e que ótima forma de reencontrar os amigos e reunir os irmãos.
Geraldo Guilherme/ Blog A Voz da Serra
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