segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Guarabira: professores em greve voltam à câmara municipal nesta terça (02)

A sessão ordinária marca a volta do recesso
Professores na Câmara
Professores na Câmara
Os professores da rede municipal de ensino de Guarabira, rainha do Brejo paraibano, mantém a greve que tem como objetivo fazer com que o poder público municipal cumpra a lei e pague o piso salarial da categoria, além de dar-lhes melhores condições de trabalho e já programam o próximo ato da manifestação.
Na sessão ordinária desta terça-feira (02), que marca o retorno dos trabalhos legislativos, da Câmara Municipal de Guarabira, os grevistas estarão mais uma vez, pedido apoio aos parlamentares que já se mostraram, todos, favoráveis ao movimento.
O professor André Santos, presidente do sindicato da categoria, convocou todos os docentes para que se façam presentes na sessão desta terça.
A proposta da prefeita
No final do mês passado a prefeita enviou uma proposta que não agradou à categoria. A categoria realizou uma nova assembléia e decidiu por não aceitar. A proposta consistia em pagar o piso salarial nacional e uma gratificação que eles já têm. Só que ao invés da gratificação ser de 50% dos vencimentos dos mesmos seria de 20%. André Santos disse que é uma redução muito grande e a categoria decidiu, por unanimidade não aceitar.
Uma contraproposta foi apresentada, na quinta (28), à prefeita para que ela pudesse avaliar e dar uma resposta, até agora esperada pelos professores.
A ameaça do corte do ponto
A prefeita de Guarabira, Fátima Paulino (PMDB), determinou o corte de ponto dos professores que estão em greve desde a sexta-feira da semana passada.

Fátima Paulino - Prefeita
Fátima Paulino – Prefeita
A recado foi dado pelo secretário adjunto de Educação, professor Valdir Duarte, durante entrevista à Rádio Guarabira FM, emissora pertencente ao grupo Paulino. O assessor de Fátima ameaçou os grevistas e disse que os dias serão descontados e só serão pagos depois da reposição das aulas.
“Quero avisar que as faltas vão ser descontadas, isso aí já é determinação, e só serão repostas após a formação de um horário especial quando houver a reposição dessas aulas. A ordem é descontar e só pagar depois da reposição. Se eles têm direito de fazer a greve, que é um direito constitucional, o município também tem o direito de descontar”, ameaçou Valdir.
O secretário adjunto da Educação acusou o movimento paredista de estar a serviço de determinado segmento político de Guarabira e disse que o sindicato mente quando afirma que a Prefeitura não paga o piso salarial dos professores.
A deflagração da greve
Os professores do município de Guarabira decidiram decretar greve por tempo indeterminado, em Assembléia Geral da categoria, realizada na tarde de quinta-feira (14), na Câmara de Vereadores de Guarabira.
Os professores reivindicam a imediata implantação do piso salarial nacional. Estava agendada uma reunião dos docentes com a prefeita Fátima Paulino, na quinta (14), mas como a gestora não apareceu nem mandou representante, foi deliberada a paralisação.

Professor André Santos
Professor André Santos
O presidente do sindicato, professor André Santos, pediu apoio da categoria e compreensão dos alunos e pais. “A luta em defesa de todos e os colegas precisam estar unidos nesse momento, que infelizmente aconteceu. A gente sabe que os alunos é quem se prejudicam, mas queremos o apoio de todos, dos pais, dos estudantes que sabem das dificuldades que encontramos diariamente em sala de aula”, disse o professor.
André ainda criticou a postura da prefeita Fátima Paulino diante do impasse. “A prefeita da cidade precisa respeitar a educação, precisa ter respeito com os professores”, falou o sindicalista. Segundo os representantes do sindicato o ensino das escolas municipais de Guarabira está defasado e a base não tem sido prioridade para a atual gestão. A falta de estrutura das escolas também é reivindicação dos professores.
O sindicato pretende fazer visitas nas escolas a fim de conscientizar os professores em sua totalidade e explicar aos estudantes os reais motivos da greve. Manifestações nas ruas e ato público estão sendo agendados para os próximos dias.
Da Redação

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