Segue forte a greve nacional por reajuste salarial, condições
de trabalho e valorização. A categoria reivindica aumento salarial de R$
400, reajuste do vale-refeição e do vale-alimentação, piso salarial de
R$ 1.635 e reposição da inflação de 7,16%.
Aderiram à paralisação as principais capitais brasileiras, como São
Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas
Gerais, Pernambuco, entre outros.Todos os 35 sindicatos da categoria
de todo o país já confirmaram a adesão.
De acordo com Arnaldo de Salvo Jr., assessor do Sindicato dos
Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Sâo Paulo (Sintect-SP) cerca
de 70% da categoria participam da greve em todo o país. A direção dos
Correios ameaça cortar ponto dos grevistas.
Presidente do Sintect-Sp, Divisa em assembleia no CMTC
Unilateral
Diante da alegação da empresa da ilegalidade da greve, já que as
negociações não teriam sido frustradas, a Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares
(Fentect)rebateu que "a negociação resultou, sim, frustrada, tendo em
vista que, apesar das inúmeras tentativas para fechamento do acordo, a
postura da ECT sempre foi de rejeição às propostas apresentadas pelos
trabalhadores, não nos restando outra alternativa senão a deflagração da
greve", diz o documento enviado à empresa, que acrescenta que a
categoria "continuará aberta à negociação”.
Em nota, a ECT diz ter oferecido "todas as condições necessárias para
o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012". No entanto, a
proposta que inclui R$ 50 de reajuste em janeiro já havia sido recusada
pelo movimento, que a considera insuficiente – os trabalhadores pautam
R$ 400. Este, inclusive, foi o motivo da deflagração da greve, visto que
as negociações se arrastam desde julho e até agora não houve acordo.
“Apresentamos a nossa pauta em julho e desde então tivemos reuniões periódicas com a direção da empresa, sem conseguir chegar a um acordo. O nosso calendário de mobilizações previa a deflagração de uma greve a partir de terça-feira caso não houvesse acordo, e assim fizemos”, explica Arnaldo.
O sindicalista afirmou, ainda, que o comando nacional de greve está em Brasília à disposição para continuar as negociações, mas a direção da estatal ainda não dialogou com a direção do movimento desde o início da paralisação. Dos 35 sindicatos existentes no país, 34 conseguiram aprovar a deflagração da greve em suas assembleias. O único sindicato que ainda não conseguiu aprovar paralisação foi o sindicato de Uberaba (MG), pois a mobilização não está forte o suficiente naquele local, avalia Arnaldo, “mas o sindicato apoia a greve e está mobilizando para fazerem a paralisação lá também”, acrescenta.
“Apresentamos a nossa pauta em julho e desde então tivemos reuniões periódicas com a direção da empresa, sem conseguir chegar a um acordo. O nosso calendário de mobilizações previa a deflagração de uma greve a partir de terça-feira caso não houvesse acordo, e assim fizemos”, explica Arnaldo.
O sindicalista afirmou, ainda, que o comando nacional de greve está em Brasília à disposição para continuar as negociações, mas a direção da estatal ainda não dialogou com a direção do movimento desde o início da paralisação. Dos 35 sindicatos existentes no país, 34 conseguiram aprovar a deflagração da greve em suas assembleias. O único sindicato que ainda não conseguiu aprovar paralisação foi o sindicato de Uberaba (MG), pois a mobilização não está forte o suficiente naquele local, avalia Arnaldo, “mas o sindicato apoia a greve e está mobilizando para fazerem a paralisação lá também”, acrescenta.
Categoria mobilizada
No Rio de Janeiro, a greve também segue forte, mobilização
demonstrada na imensa assembleia no centro do Rio, que deu início à
greve nacional da categoria. O CTP Praça de Guerra ficou lotado de
trabalhadores indignados com a proposta rebaixada da empresa.
Cerca de 8 mil dos 14 mil trabalhadores dos Correios no estado do Rio aderiram à greve na estatal. SegundoSindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect), Ronaldo Martins, a maioria das agências fluminenses está funcionando parcialmente e os funcionários que estão trabalhando se limitam a informar a população que procura os pontos de atendimento dos Correios sobre a greve.
No Mato Grosso do Sul a greve cresce a cada dia. Partes dos grevistas estão concentrados em frente a umas das sedes da empresa ECT na Rua Quintino Bocaiúva na espera de orientações do comando nacional do Sintect-MS. Com o aumento em grevistas nas cidades, Mato Grosso do Sul já ultrapassa a marca de 1530 adeptos a manifestação.
Na região Sul,na maioria das cidades, os funcionários dos Correios aderiram ao movimento nacional. Em Criciúma, os grevistas se posicionaram na frente da agência localizada na Avenida Centenário, posto que está fechado nesta manhã. “Está todo mundo parado. A greve é por tempo indeterminado e só voltaremos quando as reivindicações forem atendidas”, diz Pedro Rafael, representante dos trabalhadores.
Segundo ele, diversas cidades da região também já aderiram à greve. “Criciúma e Araranguá já estão paradas e Içara para a partir de amanhã. Estamos indo em todas as cidades da região para incentivar e fazer com que todos entrem em greve”, explica Pedro Rafael.
Em Curitiba, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios no Paraná (Sintcom-PR), Sebastião Cruz, informou que a paralisação da categoria, já atinge 80% do pessoal que trabalha no centro de triagem e na entrega de correspondências. Segundo ele, em todo o estado, há 6,3 mil funcionários no total, sendo mil da área administrativa, que estão trabalhando normalmente. “Só que, sem triagem e carteiros, não há entregas e com isso acreditamos que cerca de 3 milhões de correspondências deixarão de ser entregues diariamente”, disse o diretor. Pela manhã desta quinta-feira (15), os grevistas fizeram uma passeata pelas principais ruas de Curitiba.
Em São Paulo os trabalhadores participaram na tarde da quarta-feira uma assembleia para avaliar o andamento do movimento paredista, que continua forte. A expectativa é que a direção da empresa recue de sua posição e faça uma nova proposta de reajuste linear. “O governo mantém uma postura dura, segurando o Orçamento por conta da crise econômica, mas o reajuste pode ser feito com o lucro da própria empresa, que teve bastante lucro no último período com base na sobrecarga de serviço dos trabalhadores”, opina Arnaldo.
Luta pela valorização
Apesar de argumentar que a própria estatal pode negociar com a margem dos seus lucros uma melhoria para a categoria, o sindicalista critica a lógica da política econômica adotada pelo governo federal: “o governo Dilma está bancando superávit primário cortando no Orçamento, que poderia ser utilizado para melhorar as condições de vida dos trabalhadores”.
Arnaldo explica ainda que outra pauta fundamental do movimento grevista é a contratação de pessoal. Os ecetistas calculam que há um déficit de aproximadamente 30 mil funcionários, o que gera sobrecarga de trabalho. Além disso, os trabalhadores da estatal não recebem qualquer reajuste há dois anos.
O movimento argumenta também que a categoria possui um dos pisos salariais mais baixos oferecidos por uma estatal. O piso salarial dos trabalhadores é de R$ 807, e a categoria pede R$1.635,00. Entre os 83 itens da pauta de reivindicações, além do aumento real linear de R$ 400, há pautas relacionadas a melhores condições de trabalho, reembolso creche para pais, entre outras demandas.
Para o carteiro Luiz Simão, que trabalha no Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Ceilândia - cidade satélite do Distrito Federal -, a greve é uma forma de o trabalhador se manifestar e lutar por seus direitos. “Com a greve, podemos reivindicar nossos direitos e, unidos, sairemos vitoriosos. Queremos melhorias no salário e, nessa época, a mudança de horário, já que a Defesa Civil proibe a exposição ao sol nesse período de seca”, explicou.
Na segunda-feira (19), trabalhadores de todo país participam de uma nova assembleia para decidir os rumos do movimento.
Portal CTB com informações do Vermelho e agências
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