Bancários de SP aceitaram nesta segunda a proposta da Fenaban (Foto: Anderson Barbosa/Agência Estado)
Os bancários retornam nesta terça-feira
(18) ao trabalho na maioria das cidades do país. Segundo o Comando
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a maioria
dos sindicatos de bancários aprovou na noite de segunda-feira (17) a
proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), bem
como as específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Segundo a Contraf, os bancários
decidiram pelo fim da greve em cidades como São Paulo, Brasília, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Campinas, Uberaba,
Londrina, Criciúma, Blumenau, Teresópolis, Vitória da Conquista e
Dourados, Campina Grande, entre outras.
Nas cidades de Florianópolis, Porto
Alegre e Chapecó (SC), os funcionários da Caixa rejeitaram a proposta.
Em Porto Alegre, os funcionários do Banco do Brasil marcaram uma nova
assembleia para as 10h desta terça-feira.
Os funcionários do Banrisul, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste do
Brasil (BNB) continuam paralisados, cobrando avanços nas negociações
específicas.
Segundo a Contraf, só nesta terça-feira
será divulgado um balanço geral do fim da greve. Os resultados já
anunciados pelo país podem ser acompanhados no site da Contraf-CUT.
A greve começou no dia 27 de setembro e
chegou a paralisar 9.254 agências e vários centros administrativos de
bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito
Federal.
Reajuste de 9%
O acordo entre a Fenaban e os representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ocorreu na noite de sexta-feira (14). A proposta prevê 9% de reajuste sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.
O acordo entre a Fenaban e os representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ocorreu na noite de sexta-feira (14). A proposta prevê 9% de reajuste sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.
Ficou acertado também melhorias na
Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com aumento da parcela fixa
da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela
adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).
“Foi possível arrancar conquistas
importantes, como aumento real pelo oitavo ano consecutivo, valorização
do piso, maior participação nos lucros e avanços nas condições de
trabalho e segurança”, avaliou, em comunicado Carlos Cordeiro,
presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos
Bancários. “Derrotamos a visão equivocada de que salário gera
inflação”, acrescentou.
Os dias de greve não serão descontados,
mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a
sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos
anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.
Histórico
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representava aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação inicial da categoria era de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representava aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação inicial da categoria era de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Na quinta-feira, 9.254 agências e
centros administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados
em todo o país, segundo balanço da Contraf. O número equivale a 46,1%
dos 20.073 estabelecimentos do país.
G1
0 comentários:
Postar um comentário