domingo, 9 de outubro de 2011

Greve dos bancários: Sindicato diz que não vai acatar medidas propostas pelo PROCON

Greve-dos-BancariosO sindicato dos bancários, divulgou em nota neste sábado (8) sua indignação com a postura do PROCON estadual da Paraíba após a reunião da tarde de ontem, sexta (7).
De acordo com os sindicalitas, a competência de exigir os 30% dos serviços essenciais durante o período de greve e a garantia de reserva de funcionários para atender os clientes não é do PROCON.
“A Lei de Greve considera apenas a compensação como serviço essencial e a categoria já vem cumprindo essa exigência”, diz.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques o PROCON Estadual está equivocado, extrapolou sua competência e está prejudicando a greve constitucional dos bancários, que cumpriram todos os trâmites legais para se contrapor “à ganância e prepotência dos banqueiros”.
Os bancários denunciam que o órgão está “se aliando” aos bancos, prejudicando os bancários e enganando os consumidores.
“As medidas tomadas durante a reunião desta sexta-feira, 7 de outubro, no Procon Estadual, não têm nenhuma validade, haja vista que não compete ao órgão intervir em uma greve, que nada mais é do que o confronto entre patrões e empregados. Portanto, trata-se de uma questão meramente trabalhista e deve ser tratada com tal”, explica o presidente do sindicato.
Marcos Henriques desmentiu a secretária executiva do PROCON PB, Klébia Ludgério que afirmou na tarde de ontem que os bancos privados Bradesco e Santander sairiam da greve na segunda (11).
A nota do sindicato explicou que o Bradesco conseguiu uma liminar para fazer funcionar uma agência, através de um Interdido Proibitório, que está sendo contestada pelo Sindicato. E o Santander teve deferida uma liminar, mas o presidente do Sindicato ainda não foi citado, pois estava apoiando a greve nas agências do interior do Estado, motivo pelo qual não pode comparecer a essa reunião convocadada pelo Procon Estadual.
“A greve dos bancários, assim como a exigência de quadros para o processamento dos serviços essenciais é inerente às relações de trabalho e não às relações com os consumidores. Portanto, não compete ao PROCON Estadual da Paraíba intervir nessas questões”, diz a nota.
Marília Domingues
Paraíba.com

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