A continuidade da gestão de Campina Grande em não pagar o piso dos professores referente às 30 horas trabalhadas voltará a ser discutida pelos docentes da rede municipal na quinta-feira, 9 de fevereiro a partir das 9h no auditório da AABB. Após buscar dialogar com a secretaria e o poder Executivo ao longo de todo o ano de 2011, mas sem obter sucesso, os servidores irão se organizar naquela que poderá ser a maior assembléia da história da Educação da cidade que luta pelo cumprimento da lei do piso que já foi sancionada pelo Superior Tribunal Federal (STF).
A insatisfação dos professores de Campina Grande é geral, já que o município é um dos únicos que não cumpre a determinação da lei do piso. Segundo um levantamento feito pelo SINTAB (Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema), de todas as cidades assistidas pela instituição, Campina é a única que paga abaixo das demais, que cumprem a lei sem a necessidade da complementação por parte da União.
Os números remetem ao seguinte cenário: em Campina Grande um professor de Nível Médio recebe R$ 742,54, Graduado R$ 853,93, Especialista R$ 1024,70, Mestre R$ 1110,09, Doutor R$ 1195,49. Em Massaranduba o salário para Nível Médio chega a R$ 950. A situação é mais alarmante em João Pessoa. Um docente de Nível Médio, por exemplo, recebe R$ 1531,60, mais do que um doutor funcionário de Campina Grande, o que coloca em risco o sistema educacional da cidade.
Para Napoleão Maracajá, presidente do SINTAB, Campina Grande não vem fazendo as tarefas básicas que remetem ao investimento da Educação na cidade. “Campina Grande não se cumpre a lei do piso, especialmente o artigo 2º, não se paga a insalubridade aos servidores de apoio de creches e escolas, aqui não se corrigiu os níveis que estão congelados desde 2001. É uma série de fatores que nos fazem questionar se é possível ter motivação para começar um ano letivo. Será que é essa a Educação que não pode parar?”, questionou Napoleão.
SintaB/PB


















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