Da reunião entre os municipalistas do Nordeste e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) saiu a promessa de se discutir a agenda dos Municípios em sessões temáticas. Renan recebeu o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, e representantes de oito Estados da região, na tarde desta terça-feira, 14 de maio, para ouvir as queixas sobre a seca.
A pedido de Ziulkoski, o presidente do Senado prometeu tornar possível a reabertura da Subcomissão de Assuntos Municipalistas no âmbito da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). E gostaria que o senhor fizesse isso perante os prefeitos durante a XVI Marcha, em julho, disse o presidente da CNM. Renan Calheiros confirmou a presença na Marcha.
A audiência que durou quase uma hora teve inicio com a explanação de Ziulkoski sobre a situação que os Municípios do Nordeste passam com a prolongada seca. Esperávamos que a presidente [Dilma] anunciasse ajuda em Fortaleza, as máquinas foram boas logicamente, mas não representam muito, explicou.
Paulo Ziulkoski disse ainda que a ajuda esperada é para o povo e não para os prefeitos. Temos que encaminhar essa discussão independente de partido. Espero que o Senado possa ajudar no diálogo com o Executivo federal.
A resposta de Renan
Renan chama a situação da seca de circunstância dramática e lembra que a renegociação das dívidas de pequenos produtores da região uma das reivindicações - é uma discussão antiga. Por isso, ele disse que vai levar esses temas também para o conhecimento do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A agenda municipal deverá ser priorizada.
Renan Calheiros lamentou que a receita dos Municípios este ano seja igual ou menor a de 2012. É um problema grave porque as despesas só cresceram, destacou. Ainda em relação às receitas municipais, o presidente do Senado disse que fará uma indicação formal ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que a Corte aprecie o veto da nova distribuição dos royalties. Não tem como eles não votarem, assim como nós não tivemos como votar, completou.
As reivindicações
Durante a audiência, os presidentes e representantes das entidades estaduais do Nordeste tiveram a oportunidade de apresentar as reivindicações do movimento. Alguns preferiram fazer um relato das dificuldades para Renan e os demais senadores que estavam presentes.
José Patriota, da Associação dos Municípios do Estado de Pernambuco (Amupe), reclamou da falta de confiança com os prefeitos. A prefeitura está mais perto, tem mais velocidade para execuções. Os prefeitos se sentem excluídos e têm que tirar do caixa próprio para atender a população.
Benes Leocádio, presidente da Federação de Municípios do Rio Grande do Norte (Femur), lamentou que os royalties de petróleo ainda não sejam distribuídos como o Congresso aprovou. Nós apelamos ao senhor que socorra os Municípios, pois só o FPM [Fundo de Participação] não dá.
O representante da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Luis Antônio, disse: O governo federal não a dimensão da seca. Não sabem sobre a perda de gado, do pai de família que não plantou nada, dos empréstimos atrasados e dos grandes centros que estão inchando.
O vice-presidente da Associação de Municípios Alagoanos (AMA), Jorge Dantas, alertou que os efeitos desta seca farão com que a recuperação do Nordeste demore de 8 a 10 anos. Se as ações emergenciais não estão funcionando, imagine as de recomposição. Vai ser muito sofrimento nos próximos anos.
Os nordestino está cada vez mais pobre, alertou o presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames), Antônio Santos. Na reunião ele apelou por ajuda dos ministros e da Presidência da República.
Para a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, o problema todo é a falta de autonomia do ente municipal. Temos que ter autonomia para trabalhar porque hoje os prefeitos são taxados como incompetentes.
Próximos passos
Com o fim da reunião, Renan Calheiros elogiou a atuação de Ziulkoski frente à CNM e reforçou a promessa de trabalhar pela pauta municipalista. Os prefeitos nordestinos seguem para uma segunda reunião, desta vez com o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, e representantes da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
A pedido de Ziulkoski, o presidente do Senado prometeu tornar possível a reabertura da Subcomissão de Assuntos Municipalistas no âmbito da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). E gostaria que o senhor fizesse isso perante os prefeitos durante a XVI Marcha, em julho, disse o presidente da CNM. Renan Calheiros confirmou a presença na Marcha.
A audiência que durou quase uma hora teve inicio com a explanação de Ziulkoski sobre a situação que os Municípios do Nordeste passam com a prolongada seca. Esperávamos que a presidente [Dilma] anunciasse ajuda em Fortaleza, as máquinas foram boas logicamente, mas não representam muito, explicou.
Paulo Ziulkoski disse ainda que a ajuda esperada é para o povo e não para os prefeitos. Temos que encaminhar essa discussão independente de partido. Espero que o Senado possa ajudar no diálogo com o Executivo federal.
A resposta de Renan
Renan chama a situação da seca de circunstância dramática e lembra que a renegociação das dívidas de pequenos produtores da região uma das reivindicações - é uma discussão antiga. Por isso, ele disse que vai levar esses temas também para o conhecimento do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A agenda municipal deverá ser priorizada.
Renan Calheiros lamentou que a receita dos Municípios este ano seja igual ou menor a de 2012. É um problema grave porque as despesas só cresceram, destacou. Ainda em relação às receitas municipais, o presidente do Senado disse que fará uma indicação formal ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que a Corte aprecie o veto da nova distribuição dos royalties. Não tem como eles não votarem, assim como nós não tivemos como votar, completou.
As reivindicações
Durante a audiência, os presidentes e representantes das entidades estaduais do Nordeste tiveram a oportunidade de apresentar as reivindicações do movimento. Alguns preferiram fazer um relato das dificuldades para Renan e os demais senadores que estavam presentes.
José Patriota, da Associação dos Municípios do Estado de Pernambuco (Amupe), reclamou da falta de confiança com os prefeitos. A prefeitura está mais perto, tem mais velocidade para execuções. Os prefeitos se sentem excluídos e têm que tirar do caixa próprio para atender a população.
Benes Leocádio, presidente da Federação de Municípios do Rio Grande do Norte (Femur), lamentou que os royalties de petróleo ainda não sejam distribuídos como o Congresso aprovou. Nós apelamos ao senhor que socorra os Municípios, pois só o FPM [Fundo de Participação] não dá.
O representante da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Luis Antônio, disse: O governo federal não a dimensão da seca. Não sabem sobre a perda de gado, do pai de família que não plantou nada, dos empréstimos atrasados e dos grandes centros que estão inchando.
O vice-presidente da Associação de Municípios Alagoanos (AMA), Jorge Dantas, alertou que os efeitos desta seca farão com que a recuperação do Nordeste demore de 8 a 10 anos. Se as ações emergenciais não estão funcionando, imagine as de recomposição. Vai ser muito sofrimento nos próximos anos.
Os nordestino está cada vez mais pobre, alertou o presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames), Antônio Santos. Na reunião ele apelou por ajuda dos ministros e da Presidência da República.
Para a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, o problema todo é a falta de autonomia do ente municipal. Temos que ter autonomia para trabalhar porque hoje os prefeitos são taxados como incompetentes.
Próximos passos
Com o fim da reunião, Renan Calheiros elogiou a atuação de Ziulkoski frente à CNM e reforçou a promessa de trabalhar pela pauta municipalista. Os prefeitos nordestinos seguem para uma segunda reunião, desta vez com o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, e representantes da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
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