PE247 - Após passar por uma série de atrasos que postergaram a sua conclusão para 2016 e um aumento no custo de implantação, que passou de R$ 4,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões, a Ferrovia Transnordestina volta a ser um projeto do Governo Federal. Um novo acordo de acionistas e de investimentos, assinado na semana passada, prevê um novo aporte de R$ 3,8 bilhões, dos R$ 7,5 bilhões previstos para serem investidos na ferrovia e coloca a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) na condição de sócia majoritária, com uma participação de 51,4% no empreendimento.
Com o novo acordo, a Companhia Siderúrgica do Nordeste (CSN) fica com 25% das ações, o Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) detém outros 15% , enquanto o restante da participação fica nas mãos de acionistas minoritários. O aumento dos custos, uma das principais razões que levou às alterações societárias é justificada pelo chefe de gabinete da Sudene, Epitácio Pedrosa. “O empreendimento começou sem um projeto executivo detalhado e isso explica a diferença de preços entre o valor inicial e o atual”, disse Pedrosa ao Jornal do Commercio.
Segundo ele, a legislação permite que as obras de um projeto desta natureza possam ser iniciadas a partir do projeto básico, o que acaba por refletir no custos, que são mais próximos dos realmente praticados pelo mercado, sendo mais detalhados no projeto executivo.
Iniciada em 2009, as obras da ferrovia envolvem a implantação de 1.728 quilômetros de trilhos, ligando as cidades de Eliseu Martins (PI) aos complexos portuários de Pecém (CE) e Suape (PE). Atualmente, segundo levantamento do próprio Governo Federal, apenas 96 quilômetros de trilhos foram efetivamente instalados. A Transnordestina será responsável pelo escoamento de grãos, gesso e frutas produzidas nas áreas de influência da ferrovia. O novo prazo prevê que as obras sejam concluídas em 2016.
Brasil247
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