domingo, 8 de setembro de 2013

Ausência de Benjamim em festa de Zé Maranhão evidencia crise político-familiar por causa de 2014


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Foi uma festa até animada o 80º aniversário do ex-governador José Maranhão, presidente estadual do PMDB, em João Pessoa, nesta sexta-feira, 6. Uma nota relevante, porém, destaca-se não pela presença massiva de correligionários e aliados. A ausência do sobrinho Benjamin Maranhão, deputado federal e apontado como o herdeiro político natural do velho “cacique” , é que marcou o evento no Restaurante Tererê, na praia de Cabo Branco.
A ausência explícita de “Beijinha” Maranhão, como é mais conhecido o parlamentar no seio familiar e no círculo íntimo do poder, foi interpretado de forma inequívoca como um indício claro de que o “primeiro-sobrinho” do núcleo familiar mantém sua postura rebelde contra a perspectiva, cada vez mais evidente, de que José Maranhão irá disputar vaga na Câmara Federal pelo PMDB – o que complica em tudo uma possível reeleição do jovem deputado.
Presente à festa, a irmã de Maranhão e mãe de Benjamim, a prefeita Wilma Maranhão, de Araruna, já não esconde de ninguém também o desgosto entronizado no seio familiar, onde ela posa de “matrona”, pelo possível embate nas urnas entre Zé e o sobrinho.
Aparentemente feliz e descontraído com as manifestações de apoio e carinho dos correligionários, José Maranhão procurou não dar demonstrações de pertubação, naturalmente, pela ausência protestante de seu sobrinho.
Sanguessuga
Não será a primeira vez que Zé e Beijinha se atritam por conta de uma disputa eleitoral. Em 2006, disputando o Governo do Estado com o então ex-deputado federal Cássio Cunha Lima (PSDB), Maranhão chegou a “sacrificar” uma reeleição considerada segura do sobrinho, por ele ter sido envolvido no famoso “escândalo da máfia das ambulâncias” – pelo qual parlamentares foram acusados de ganhar propinas para destinar emendas para a compra de veículos.
Oficialmente, Benjamim Maranhão saiu do páreo com o discurso pronto de que abria mão de concorrer à reeleição para provar a inocência das acusações. Internamente na família, contudo, ficou pesado o clima pela pressão de Maranhão para que o sobrinho não viesse a se transformar num “estorvo” durante a campanha. Ao final, Maranhão foi derrotado por Cássio e nunca foi provado nada contra o jovem deputado.
Por Marcos Alfredo Bananeiras Online

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