segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Prefeitos que torraram dinheiro com forró vão ter que se explicar ao Tribunal de Contas







O Tribunal de Contas do Estado descobriu que 64 Prefeituras paraibanas que decretaram estado de emergência em seus municípios por causa da seca, torraram 7,8 milhões de reais com festas juninas. Isso mesmo, quase oito milhões de reais gastos com forró em estado de emergência. O que dizer desses prefeitos? No mínimo que são uns irresponsáveis.
Conforme o relatório do TCE, o maior gasto ficou com a Prefeitura de Solânea, aqui perto de Bananeiras, que investiu R$ 755.340,00. Por isso aquele festão, cinco noites de forró, até Paula Fernandes deu as caras na cidade para encantar o coração dos marmanjos e das marmanjas chegadas a um Bombril. Depois de Solânea, aparece na lista do TCE a Prefeitura de Monteiro, que gastou exatos R$ 420.500,00.
Embora, como diz o presidente do TCE, Fábio Nogueira, a realização de gastos com festas não significa irregularidade, há que se estranhar tais gastos em municípios com decretos de estado de emergência, com o povo passando fome e morrendo de sede. Lembrem-se que ao decretar estado de emergência, o governante fica livre para gastar. Não precisa de autorização legislativa e tudo o que fizer encontrará respaldo no decreto que criou a situação emergencial. E aí mora o perigo.
Outros prefeitos gastaram e não prestaram contas ao TCE. O forró comeu no centro e eles estão dando uma de doido, ficando calados para ver se cola. Mas parece que não colou. O TCE deu prazo de 15 dias aos prefeitos Amauri Ferreira de Souza (Barra de Santana), Severino Virgínio da Silva (Caraúbas), Romualdo Antônio Quirino de Sousa (Congo), Joana Darc de Queiroga (Massaranduba), Natália Carneiro (Ouro Velho), Íris de Céu de Sousa (Zabelê), Silvana Fernandes (Santo André), Valter Marcondes Medeiros (São João do Cariri) e Francisco Alípio Neves (São Sebastião do Umbuzeiro) para enviarem à Corte informações sobre os gastos feitos por eles nas festas juninas deste ano. Estamos em setembro e os meninos continuam no maior dos silêncios, fazendo-se de mortos para pegar o coveiro desprevenido.

NOTA DESTOANTE

Pela primeira vez nos seus 90 anos de existência, a cidade de Princesa não viu o seu prefeito na festa do 7 de Setembro. Os alunos que desfilaram pelas ruas de Princesa fizeram a tradicional parada em frente a Prefeitura para o hasteamento da bandeira e o canto do Hino Nacional, mas o alcaide estava em lugar incerto e não sabido, não deu as caras nem mandou justificativa.
E olhe que no tempo de estudante ele era o porta bandeira no Ginásio Bom Conselho, desfilava com garbo puxando o pelotão e depois entrava na fila da cachaça de Genésio Lima para comemorar a Independência do Brasil.

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Fernando Lúcio: E-mail: donainesonline@hotmail.com. Tecnologia do Blogger.