Em novembro e dezembro de 2013, os lançamentos estaduais da iniciativa mobilizaram mais de 4 mil pessoas, entre governadores, prefeitos, secretários, técnicos estaduais e municipais, representantes de entidades do Sistema de Garantia de Direitos, organizações não governamentais e empresas, lideranças adolescentes e comunicadores. “Quem ganhou o Selo vai querer fazer muito mais para continuar recebendo a certificação nas próximas edições. Quem ainda não recebeu tende a promover ações para atingir as metas necessárias”, diz José Queiroz, prefeito de Caruaru (PE), município aprovado em 2012.
Marco Leone, jovem liderança do município de Quijingue/BA, enfatiza a importância de mobilizar os adolescentes no desenvolvimento das ações do Selo ao longo de toda a edição. “No Semiárido não falta água: sobra desigualdade. Isso machuca, mas faz brotar o desejo de ser protagonista e transformar a região”, afirma Leone.
Programa de Formação – O UNICEF já iniciou o primeiro de oito ciclos de capacitação que integram o programa de formação voltado para gestores municipais do Semiárido em cinco estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Piauí e Rio Grande do Norte. Os encontros reuniram 1450 representantes de 542 municípios, entre articuladores do Selo, indicados pelos prefeitos para coordenar a iniciativa nos municípios, e conselheiros de direitos. Nos outros quatro estados do Semiárido, o primeiro ciclo acontecerá em fevereiro e março de 2014.
No primeiro encontro, os gestores conhecem detalhes da metodologia e recebem material de apoio e orientação ao trabalho a ser desenvolvido nos próximos 30 meses. “Os técnicos municipais retornam aos seus municípios com a tarefa de articular a criação da Comissão Intersetorial pelos Direitos da Infância e Adolescência, que apoiará a gestão das ações locais pelo alcance dos objetivos do Selo e a redução das desigualdades sociais”, explica Rui Aguiar, coordenador em exercício do UNICEF na Plataforma do Semiárido.
Simplificação da metodologia – As ações estratégicas de políticas públicas e participação social propostas pelo UNICEF, uma das novidades desta edição, tiveram boa aceitação entre os gestores municipais. “Com as ações estratégicas, podemos fortalecer políticas públicas estaduais e federais e também apostar nas particularidades e soluções encontradas pelo próprio município”, afirma Mirna Moraes de Aguiar, articuladora de Cariré (CE).
Experiências municipais - Para Carmen Soares de Sousa, articuladora de Sobral, município certificado nas seis edições do Selo no Ceará, a iniciativa contribui para que o município avance continuamente. “O UNICEF e o Selo não permitem que as novas gestões desfaçam conquistas sedimentadas ao longo das edições. Zelamos por elas como patrimônio imaterial do município. Exemplo disso é o Trevo de Quatro Folhas, uma política municipal voltada para a redução da mortalidade materna e infantil que já é uma referência nacional”, celebra.
Clarice Santos, articuladora de Serra Dourada (BA), destaca a importância dos municípios se fortalecerem com a experiência: “Não fomos aprovados na primeira edição, mas viramos o jogo e recebemos o Selo em 2008 e 2009 – 2012. Buscamos conhecimento para fortalecer as políticas públicas e melhorar a vida das crianças, adolescentes e famílias. Hoje, a prefeitura tem outro olhar sobre a infância e adolescência. Aprendemos uma lição: não desistir nunca. A minha expectativa é conquistar o Selo também em 2016″, diz.
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