sexta-feira, 8 de julho de 2011

EMPREGOS: Fiat muda estratégia e decide instalar montadora em cidade vizinha à PB; ‘virada’ nos planos é fruto da parceria entre governos da PB e PE

EMPREGOS: Fiat muda estratégia e decide instalar montadora em cidade vizinha à PB; ‘virada’ nos planos é fruto da parceria entre governos da PB e PE A parceria entre os governos da Paraíba, chefiado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), e de Pernambuco, conduzido pelo presidente nacional do partido do paraibano, o governador Eduardo Campos, dá seu primeiro resultado “de monta” para a economia dos dois Estados.

“Órfã” de uma grande montadora de veículos em seu território, a Paraíba agora vê literalmente “à sua porta” a oportunidade de ‘pegar carona’ em uma fonte geradora de empregos cobiçada por todos os Estados da Federação.

Há meses lamentando ter perdido as instalações da Fiat para Pernambuco (em uma luta que se desdobra desde o governo Cássio), a aproximação política dos dois Estados, consolidada após vitória nas urnas dos aliados e vizinhos, impulsionou um “jeitinho” de compensar a perda paraibana. Segundo fontes ligadas à montadora, a multinacional já aceitou transferir a planta da região portuária de Suape (onde se instalaria) para um terreno na cidade pernambucana de Goiana limite com a Paraíba.

De acordo com as informações apuradas nos bastidores da negociação, a mudança de área só não dará certo se os acertos técnicos de logística prometidos pelo governo não ficarem prontos, dentro do cronograma estratégico desenhado pelos investimentos da fábrica. Fato que pode ser considerado descartado pela equipe do governador. “A promessa do governo foi clara para a Fiat, que entendeu o propósito e analisou também as operações iniciais e o custo de moradia para os novos empregados residentes ou não”, informou nossa fonte.

O investimento de R$ 3 bilhões para a instalação da mais moderna fábrica do grupo que é dono da Ferrari, Alfa Romeo, Chrysler e Lancia já está sendo utilizado. O aporte pernambucano faz parte do plano de investimentos de R$ 10 bilhões que a Fiat aprovou para o Brasil. O saldo maior é destinado à fábrica de Betim e ao desenvolvimento de novos veículos.

Novo

O complexo logístico, integrado com porto, rodovia e um aeroporto de cargas na Ilha de Itapessoca, no Litoral Norte do estado, próximo à praia de Ponta de Pedras, em Goiana, vai garantir a estrutura necessária para o levantamento dos galpões da Fiat em terreno próximo, no entorno da praia de Atapuz. O projeto nasce como alternativa ao Porto de Suape, que já deve sentir a falta de terrenos maiores para grandes investimentos estrangeiros.

O que precisa a Fiat? A montadora necessita de um platô aproximado de 10 metros de profundidade para instalação das prensas e da drenagem dos resíduos gerados pelas máquinas. A fábrica ecologicamente correta tem que ganhar em profundidade de terreno e espaço físico.

Para deixar pronto o espaço prometido para a Fiat no Complexo de Suape (4,4 milhões de metros quadrados), o governo, segundo fonte da montadora, investiria cerca de R$ 200 milhões na terraplanagem do local, dinheiro que será poupado e gasto diretamente na obra do novo porto. A área de Goiana está a favor da economia e da instalação da planta.

A montadora não se pronuncia sobre o assunto, mas o segundo tempo do processo contemplará a divisão dos 50 fornecedores que fazem parte da cadeia produtiva, em três pontos estratégicos. As fábricas menores estarão espalhadas desde Suape até o estado da Paraíba, que será diretamente beneficiado com a construção do novo complexo. Eduardo Campos abre os braços para o governador paraibano aliado, Ricardo Coutinho, e dá importante passo para uma sintonia de multiplicação estratégica do desenvolvimento econômico no Nordeste.

Luis Alberto Guedes

PB Agora

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