quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A quadrilha de Dilma


  •  Escolheram a dedo uma quadrilha de gatunos para assessorar Dilma Roussef. Cada partido da base, inclusive o PT, pegou seu pior bandido e o escalou, dizendo: “fica perto dessa besta e tira o teu e o nosso”. Pela primeira vez uma mulher assumia a Presidência da República num país machista de berço, numa terra onde mulher nasceu para lavar cueca suja e apanhar do marido, e por isso todos acharam que chegara a hora da onça beber água.
    Se com Lula foi aquele mar de rosas, todo mundo roubando e Lula sem saber de nada, com Dilma a coisa ia correr frouxo.
    E como deu ladrão até agora no governo de Dilma!
    Sarney escalou a quadrilha inteira de sua terra, inclusive um velhinho enxerido, tarado, freqüentador de motéis, cujo maior feito foi o de promover uma orgia num motel de luxo de São Luiz e mandar a conta para a Câmara dos Deputados.
    Mas parece que a coisa não vai ser assim como queria a tropa do roubo. A presidente, ao contrário do antecessor, mostra-se bastante antenada, governa puxando as rédeas do burro e não aceita desculpas: escorregou, tem que dançar.
    E já dançaram vários, a começar pelo Pallocci boca de fole, aquele que, embora competente e inteligente, não resiste a tentação de botar a mão no dos outros quando assume algum cargo. E vieram os demais, o Nascimento tarado que usava o Ministério para comer mulher casada, o velhinho tarado, o Lupi Lupi Lupion do PDT, o que tem nome de cantor, Orlando Silva, que alguém do Senado confundiu com Orlando Dias, o que no frigir dos ovos é tudo uma merda só, porém é bom saber que eles saíram por não saberem roubar direito, ficando os que roubam nos trinkes e que, por isso mesmo, precisam ser investigados para que a faxina seja completa.
    A presidente conquista a simpatia do povo, mostra que tem autoridade e que não alisa couro de cabra ruim. Mas ela peca ao permitir aos mesmos partidos indicadores dos ladrões, a tarefa de indicar os substitutos. É a mesma coisa que trocar seis por meia dúzia. Claro que a presidente precisa do apoio dos partidos, mas poderia compensar esse apoio de outra forma, deixando os cargos a sua livre escolha. Não adianta trocar Fernandinho Beira Mar por Nem do Alemão. Um ladrão sai e o outro chega para completar o rapa.
    Publicado por Tião Lucena em 07.12.2011

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