Prensa de casa de farinha, doada por Geraldo Lucas |
"Minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá..." Recitava Gonçalves DiasMinha terra tinha farinha
para a fome do homem matar.
Tinha roças e plantações
era rico meu lugar
hoje só resta a lembrança
de fartura e bonança
fico hoje a recordar...
Trator levando a prensa para ser montada no memorial |
Parece coisa de poeta saudosista, mas de fato Dona Inês/PB já foi a maior produtora de farinha da região. Havia casas de farinha em todos os sítios da redondeza; no entorno da cidade contávamos mais de dez casas de farinha.
Mas, essa história é passado, pois 90% delas foram desativadas e as poucas que há restaram na maior parte do tempo permanecem fechadas.
Essas prensas tem mais de 50 anos |
Essa cultura está em extinção no nosso município, pouco se vê uma farinhada, mulheres raspando mandioca cantando e contando histórias; homens ao pé do forno com o rodo nas mãos mexendo a farinha com muito cuidado para não queimar e os jumentos chegando carregados com os caçuás cheios de mandioca.
Não estou divagando, isso de fato era a nossa história e não faz muito tempo.
Prensa doada por Ex vice-prefeito Severino da Farmácia |
Contudo precisamos registrar essa história para não ficar no esquecimento.
Pedreiros assentam as prensas |
Pensando nisto a Prefeitura Municipal de Dona Inês, através da Secretaria de Cultura, está montando na área livre do Centro Cultural, o Memorial da Farinha, que ficará aberto para a visitação e conhecimento da nova geração a história da economia do município que era baseada na produção da farinha.
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