Dona Inês/PB:DA JARRA A CISTERNA, DO POTE AO CARRO PIPA

Jarras em cerâmica com mais de 50 anos

Poço no Centro Cultural

                                    No interior do nordeste era muito comum encontrarmos pelos caminhos a fora, mulheres equilibrando um pote na cabeça e uma criança a tiracolo. Era exatamente assim que todas as manhãs,  no “caminho do tanque”, encontrávamos   dezenas de mulheres carregando água para o consumo diário, ou seja, até encher a jarra, que era o único reservatório de água que havia em casa.

                                  Geralmente nas casas de taipas do interior, a jarra ficava em um lugar de destaque: na sala, ao lado de algumas canecas de alumínio ou copos "americanos" -  isso nas casas de famílias mais abastadas.

                              Encontrávamos também jumentos com barris  de zinco guiados por  crianças ou jovens, pois os pais logo cedo iriam para o roçado e a meninada ficava carregando água para abastecer a casa.  

                             Hoje, esse quadro não é mais observado, o que se vê são os carros pipas substituindo os potes de ontem e as cisternas no lugar das jarras.

                          Se você deseja recordar um pouco desse passado é só visitar oMemorial da Cultura Popular que fica no Centro Cultural, em Dona Inês – PB e verá:  jarras, tigelas e potes feitos em argila. Peças acima de cinquenta anos, que fizeram parte da história de nosso povo e guardaram por muitos anos o líquido precioso que era tão raro naquela época e continua sendo nos dias de hoje, principalmente em período de estiagem.  

 Assim, observamos que mudou apenas o modus operandi,  mas o homem continua o mesmo!

                           

Posted 1 week ago by MARIANO FERREIRA