fOTO 1: Prof. Vicente Barbosa e o editor de AFINAL
Foto 2: Marisa Alverga (poetisa), Vicente Barbosa,
Belarmino Mariano (Diretor da UEPB/Campus III), o editor, Márcio
Bizerril (cordelista) e Martinho Alves de Andrade (professor)
A cultura é seletiva
Os eventos culturais podem ser comparados àquele trabalho que os agricultores da Antiguidade costumavam fazer durante a colheita: separar o joio do trigo. A eles apenas comparece uma parcela ínfima da sociedade, pois essa é responsável por todo o complicado trabalho mental de pensar e ordenar a coletividade em termos de preservação. AFINAL, a palavra “cultura” está diretamente relacionada à preservação de usos e costumes que se repetem ao longo de décadas e séculos. E só aqueles que têm plena consciência do papel de cada um dentro dessa mesma sociedade é que estão aptos a comporem esse “senso comum”.
E qual a importância de ser seletivo em certas questões? Entendo que o processo de seleção ele é, sim, excludente. Nesse caso tal processo tem a função de homogeneizar objetivos, finalidades, projetos de vida comuns e, sobretudo, pôr em evidência o bem-estar coletivo. Mas não é só isso. Os eventos culturais funcionam como uma espécie de “guia de convergências”. Neles estão devidamente traçados os caminhos referenciais para todos os ordenamentos socioculturais envolvidos. Em linhas gerais são essas algumas das razões pelas quais é tão importante se buscar em eventos culturais o didatismo que se procura para o conhecimento de certos aspectos relacionados ao desenvolvimento das sociedades.
Dia 23 de novembro último, na Câmara Municipal de Guarabira, lançamos o primeiro número da revista AFINAL. Ao evento compareceram agentes culturais que têm compromissos com as transformações que a sociedade local exige e quer. São eles que fazem as coisas acontecerem. O talento de cada um daqueles que ali estiveram é que projeta a cidade e sua gente pelo Estado e mesmo pelo país. E por que não dizer no exterior... É o caso do artista plástico Clóvis Júnior. Lá também esteve Benjamim, um dos mais talentosos escultores de Guarabira. E é a arte desses agentes culturais que projeta o que a cidade tem de melhor. Infelizmente não contamos, por motivo de força maior, com a presença de José Paulo Ribeiro. Conhecedor profundo da história do cordel, ao lado do professor Vicente Barbosa, “Zé Paulo” é um pesquisador incansável da história de tudo o que tem sido feito nesse estilo de literatura. E é a ele que Guarabira deve todo o resgate desse acervo literário fundamental para o conhecimento daqueles que ainda pensam na preservação de valores essenciais à memória da cidade.
Cultura é, assim, o “documento de identidade” de cada membro de uma mesma sociedade. E é respeitando não apenas os usos e os costumes, mas também a quem busca preservar tais valores culturais, que uma sociedade demonstra a sua grandeza e seu valor.
Obrigado a todos os que estiveram na Câmara de Vereadores de Guarabira, bem como àqueles que quiseram estar, mas que por razões de ordem superior, não puderam comparecer. Os que lá não estiveram por menosprezo à própria cultura local, a mim não fizeram nenhuma falta. Costumo dizer que “Cultura faz quem cultura tem”.
Um abraço e até a próxima.
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