quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

PalaVra do Padre Robinho Animados nas coisas de Deus



Na passagem do Gênesis 22, o Patriarca Abraão nos encanta com o dom de acolher as coisas de Deus.
A disponibilidade da fé é o traço marcante do seu perfil. “Pela fé, Abraão, chamado por Deus, obedeceu e partiu para um lugar que deveria receber como herança. E partiu sem saber para onde” (Hb 11,8).
Confiar em Deus amplia as nossas capacidades. É o que reza a sentença latina no livro a Imitação de Cristo: “quid fides currit, volat ,laetatur”: – Quem tem fé corre, voa, alegra-se. Nos torna sábios para encontrar nos acontecimentos da vida, as respostas que buscamos para uma existência feliz; nos faz corajosos para enfrentar as situações difíceis que se agigantam a nossa frente, pois quanto mais perto de Deus estivermos, menores se tornam os problemas, mais realizados seremos naquilo que fazemos; e nos dar posteriormente as batalhas que travamos, a vitória.
Confiante, aos 75 anos, Abraão deixou sua casa e se aventurou em Deus a caminho de uma terra desconhecida e cheia de surpresas. Acreditou e compreendeu que o chamado recebido faria dele sinal de bênção para todos os que crêem em Deus. Porque na dimensão do sagrado primeiro se crer, depois se compreende.
Ele ousou  se deslocar, pois “quem não se movimenta, não vive; não descobre mundos”. Abraão descobriu o mundo de Deus. Uma realidade nova, fértil e repleta de bênçãos, onde as coisas antigas deram lugar as coisas do alto. De cima veio a fertilidade de Sara e o filho da promessa, Isaac e, com ele,  a descendência de Abraão se tornou incontável como as estrelas do céu e areia da praia
O cristão vive buscando as coisas do alto: a vontade de Deus, a graça de Deus, o amor de Deus, a força de Deus e etc. Pois ele sabe que as coisas humanas por mais prazerosas que sejam, são finitas, passageiras e envolvidas de limitações.
Temos sede de infinito, de eternidade e de plenitude. As realizações humanas são inconstantes, flutuantes, liquídas, um dia são, outro não. Nessa insegurança, sabiamente inspirados pela fé, nos lançamos n’Aquele que é maior do que tudo e todos. É como nos ensina a Gaudium et Spes 45: “O Senhor é o fim da história humana, o ponto para o qual tendem as aspirações da história e da civilização, o centro do gênero humano, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações”.
Animados nas coisas de Deus, caminhamos na esperança de fazer valer a pena nossa vida e a vida dos nossos semelhantes, iluminando com alegria o que está triste, fortalecendo com fé o que está frágil e aliviando com amor tudo que é dor.

Por Pe.Roberivaldo
(Das minhas experiências de Past

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