segunda-feira, 13 de junho de 2011

Não ao oportunismo político


Não se constitui uma novidade. Como a Paraíba inteira já tinha conhecimento, diante do caos em que foi deixada a máquina pública estadual por José Maranhão, o governador Ricardo Coutinho (PSB), por uma questão de compromisso de campanha e senso de responsabilidade como gestor, teria de adotar medidas amargas.

Assim vem sendo feito.Apesar do pesado ônus eleitoral, Ricardo vem encarando os problemas do Estado de frente, com um nível de coragem interpretado por muitos como um fatal suicídio político.

Se por um lado essa postura do governador diante dos problemas não chega a ser uma surpresa, causa profunda indignação a forma como a oposição e até segmentos politicamente organizados vêm tentando tirar proveito das situações críticas geradas por circunstâncias adversas.

Trata-se de um oportunismo cretino que em nada ajuda um Estado que tem uma chance histórica de sepultar de vez velhas práticas políticas carcomidas; de debelar uma cultura de exploração dos recursos públicos, por parte de uma elite que sempre se locupletou com o poder; de eliminar, de vez, o ‘jeitinho’ do apadrinhamento e incorporar o modelo da meritocracia. É um processo duro, desgastante, mas do qual a Paraíba não pode mais se negar a encarar.

Nessa luta de ajuste da máquina e de saneamento das finanças, a transição não é fácil, realmente. Mas cabe a quem tem o poder de administrar a devida coragem de adotar medidas, mas também cabe à sociedade organizada e comprometida com um novo futuro para o Estado assumir a responsabilidade de apoiar o que deve ser feito e dar as costas aos que insistem em manter o ‘status quo’ da inércia, da ineficiência e do favorecimento a poucos.

Não é o caso de se dizer, aqui, que o atual Governo do Estado é um primor de perfeição ou que algumas medidas não careçam de ajustes na dosagem ou nos procedimentos. Mas não se pode negar que o ‘remédio amargo’ a que todos têm de se submeter nessa dura travessia será fatalmente sabotado se prevalecer o discurso dos alarmistas de plantão; daqueles que sempre apostam no quanto-pior-melhor ou investem no caos, porque aí é mais fácil tirar proveito de quem está fragilizado ou angariar a simpatia de quem presta solidariedade aos atingidos pelas medidas.
Da Redação por Fabiano Gomes

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Fernando Lúcio: E-mail: donainesonline@hotmail.com. Tecnologia do Blogger.