Esta é a segunda vez que escrevo e mostro aqui um fato lamentável que ainda ocorre em nossa Serra, especificamente na Mata do Seró, onde além dos predadores de duas patas, que destroem os símbolos que deviam proteger, além dos caçadores que não escutam a voz da razão, existem os sujeitos que teimam em fazer queimada para adquirir lenha e carvão.
Sabemos que a mata era muito maior e foi aberta para a destruição quando foi tombada pelo Incra; sabemos que a cada ano um pedaço de mata se perde; sabemos que ali é uma Reserva Florestal, mas nada disso tem impedido que pessoas ditas de bem lhe destrua. E faz isso em nome da sobrevivência? será mesmo?
Não queremos que ninguém morra de fome, mas queremos que se respeitem as leis dos homens e da natureza. Quando temos algo proibido pela frente, precisamos dar a volta, evitar e seguir em frente; ou se resolvermos encarar, arcarmos com todas as responsabilidades. Entretanto, não podemos causar mal coletivo a seu ninguém.
O mais lamentável de tudo foi presenciar o fato justamente num dia em que tivemos uma Caminhada Ecológica e recebemos dezenas de visitantes, que são atentos a tudo e voltam para suas casas elogiando ou reclamando do que veem e daí a decisão de voltar ou não, e de fazer a propaganda gratuita, o boca-a-boca. Alguns professores da UFPB pararam a caminhada para perguntar o que estava ocorrendo, que fumaça era aquela, como se podia desmatar e queimar numa reserva florestal. Fiquei numa situação desagradável.
A título de sugestão, que na próxima edição, se faça um trabalho de conscientização com os moradores locais para não pisarem na bola de forma tão visível, pelo menos isso. O correto, o esperado, o aceitável é que fatos dessa natureza não se repitam, mas aí é querer demais sem nenhuma fiscalização e nenhuma penalidade jamais aplicada.
Como já disse, não levem a mal, não estou contra ninguém especificamente, mas estou a favor da lei e da mata, da natureza.
Por Geraldo Guilherme Blog A Voz da Serra
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