O trabalho é arriscado, o dia se confunde com a noite e o medo parece não sair da cabeça de centenas de funcionários que trabalham nos túneis Cuncas I e II, da transposição do Rio São Francisco, em São José de Piranhas, no Alto Sertão da Paraíba. “Trabalhei oito meses na obra, mas depois pedi para sair, a todo momento parece que estava caindo uma pedra na minha cabeça”, relata o ex-funcionário José Gonçalves.Homens e máquinas trabalham trabalham se revezando dia e noite na perfuração da obra gigantesca que depois de pronta será o maior túnel da América Latina com quase 20 quilômetros de escavações subterrâneas passando por baixo de duas serras ligando o Alto Sertão paraibano ao Cariri cearense.
As escavações dos dois túneis mobilizam cerca de 460 trabalhadores. Para realização de todo esse trabalho são usadas 60 toneladas de explosivos todo mês. A cada 12 horas uma nova detonação é feita e a cada dia a obra avança nove metros de chão a dentro. Após cada explosão a quantidade de pedras é suficiente para encher 40 caminhões.
E assim segue a obra. Enquanto alguns pedem para deixar o serviço, muitos aguardam uma vaga para seguir o mesmo trabalho abandonado por outros.
Notícias relacionadas:
- SEM SOLUÇÃO: Seis frentes da Transposição estão paralisadas
- Transposição do São Francisco vai custar 36% a mais
- Fiscalização do Tribunal de Contas da União aponta irregularidades nas obras do Rio São Francisco
- Transposição do São Francisco foi abandonada por construtoras
- Governo nega paralisação em obras do São Francisco
- http://exatasnews.com.br.corphost.com.br/?p=9366

















0 comentários:
Postar um comentário