Além das denúncias de dois supostos casos de pedofilia ao Ministério Público Estadual, o arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, também relatou conduta irregular de outros três padres, supostamente envolvendo adultos. Ao todo, são cinco sacerdotes afastados das atividades da Igreja Católica em paróquias de João Pessoa e do interior do Estado.
O procurador-geral de Justiça Oswaldo Trigueiro do Valle Filho classificou as denúncias como graves e afirmou que os casos foram comunicados ao arcebispo por pessoas das paróquias envolvidas.
“Todos os encaminhamentos que chegaram a dom Aldo envolvem cinco padres”, informou. Acrescentando que “por ser um assunto de extrema importância e com aspectos delicados, a gente precisa apreciar. São situações envolvendo padres e de uma certa gravidade e o arcebispo me passou a documentação. Nossa assessoria técnica jurídica está avaliando a gravidade ou não dessas informações e as provas dessas denúncias. A assessoria está analisando para saber quais os encaminhamentos que a gente vai dar”, explicou o procurador-geral.
A assessoria jurídica do procurador-geral iniciou a análise dos documentos na última terça-feira e, segundo um dos promotores de Justiça que acompanha o caso, Guilherme Lemos, já foram solicitadas novos documentos que possam comprovar as acusações. “As denúncias são referentes a padres de determinadas paróquias de João Pessoa e de cidades do interior.
Envolvem adolescentes do sexo masculino e também adultos, sendo homens e mulheres. O que nós sabemos é que dom Aldo recebeu denúncias oficiais de pessoas ligadas às vítimas e das próprias vítimas. O documento contém relatos das vítimas e também declarações de dom Aldo em relação a esse fato. Essas denúncias chegaram oficialmente de dom Aldo para o Ministério Público”, disse o promotor.
Exceto a capital, os outros municípios cujos padres estariam envolvidos nos crimes de abuso sexual não foram revelados pela assessoria jurídica do Ministério Público para não atrapalhar as investigações. A expectativa, conforme informou Oswaldo Trigueiro do Valle, é que a análise dos documentos e demais encaminhamentos sejam concluídas até a próxima semana. “Trata-se de supostas transgressões de padres e a apreciação do Ministério Público seria importante, foi esse o encaminhamento de dom Aldo”, completa.
Ainda segundo o procurador-geral, conforme o resultado da análise dos documentos pode ser instaurado um inquérito policial e os promotores de justiça das cidades apontadas nas denúncias darão continuidade à apuração dos casos. “Se houve casos de pedofilia, abuso sexual ou outro tipo de ilícito penal e as provas se ali estiverem, a assessoria técnica criminal vai levar os documentos para as cidades onde aconteceram os casos para que o promotor de justiça tenha atribuição para agir. Se for parte criminal, ingressar com apreciação do inquérito policial e depois, evidentemente, as ações penais. Se for no aspecto civil, também teria que ver quais são essas implicações”, frisou.
COMO DENUNCIAR
As denúncias sobre abuso sexual, pedofilia e outras violações contra crianças e adolescentes podem ser encaminhadas ao MPPB. O procurador-geral de Justiça Oswaldo Trigueiro do Valle lembrou sobre a importância da participação da sociedade em levar os casos para apuração do MPPB.
“É importante que essas denúncias sejam encaminhadas ao Ministério Público e que a população possa denunciar. Também temos que ver o aspecto sempre do pré-julgamento. Sempre temos muito cuidado com isso. Mas é extremamente importante que a população continue denunciando para que a gente acabe ou diminua essas situações”, defendeu o procurador. (Colaborou Luzia Santos)
Ainda na mesma reportagem, o arcebispo relatou que outros três também estão afastados, mas não necessariamente por suspeita de pedofilia. Pagotto disse ainda que os padres podem ser suspensos definitivamente da Igreja Católica caso as denúncias se confirmem.
Ainda na mesma reportagem, o arcebispo relatou que outros três também estão afastados, mas não necessariamente por suspeita de pedofilia. Pagotto disse ainda que os padres podem ser suspensos definitivamente da Igreja Católica caso as denúncias se confirmem.
Jornal da Paraiba
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