sábado, 28 de dezembro de 2013

Aberta a Polêmica: Local da Festa de São Sebastião 2014


Caros amigos da Serra,
banner-netDe 2009 pra cá, quando se aproxima o mês de janeiro, todo donainesense e vizinhança ficam ouriçados com a perspectiva de participar de uma grande festividade de tradicionalidade inconteste e diga-se de passagem, apaixonante ao extremo.
O Prefeito utilizou a sua página no facebook para perguntar à população a sua preferência pelo local da festa e teve início um amplo movimento online onde cada um diz onde que ir festejar o padroeiro e depois passamos a ter defesas apaixonadas, contestações e até puxada de sardinha – tudo normal dentro de uma sociedade.
O fator mais defendido por quem quer a festa na Avenida Manoel Pedro é a tradicionalidade, a tradição de quase 80 anos de festas ali. Estão dizendo que é 80 anos, mas se em 2009 foi a 73ª., em 2010 foi a 74ª. e em 2011 foi a 75ª., em 2012 foi a 76ª., em 2013 a 77ª. e agora em 2014 será a 78ª. Certo ou errado? E a tradição fala forte mesmo, é o fator que atrai gente, é o nome que leva famílias a virem do Sul e da Capital para a Serra… e uma banda de renome, como advogam os jovens, mas quem vem quer tudo, tudo de bom, povo, aconchego, amizade. Só que a festa é para todos e não somente para os jovens. E os que defendem a área do Bacurau é porque segundo eles, ali tem mais espaço e vai atrapalhar menos a vida das pessoas. Nossa, os jovens preocupados com o sono de S. Fulano… será mesmo??? ou é modismo?
Entre defesas e acusações, há quem haja dito que alguns visam apenas os benefícios próprios de um aluguel ou de um camarote vip natural na frente da sua casa, sem pensar e esquecendo-se que tudo na vida é movido por ações que visam abastecer o prato de comida e o status. Esquecem também o barulho e as adversidades que vem de qualquer situação, mas isso é bobagem de quem fala para depois pensar.
Na verdade, Dona Inês não tem um local apropriado para o tamanho da sua festa de padroeiro, onde possa alocar palco e público, barracas, parques, estacionamento, de forma harmônica e bem ordenada. A cidade cresceu trepada na Serra e vai se adaptando como pode. Talvez um dia tenhamos um local próprio para as nossas grandes festividades.
Se for na Manoel Pedro o que é bom ali é que as casas formam um labirinto que agrega as pessoas e possibilita maior interação entre os visitantes, pois muitos estão nas portas das suas casas e é fácil o acesso de amigos e parentes – podendo, inclusive, ver uma das poucas mulheres de nossa cidade que se chama Inês. Ou seja, existe um ponto de apoio familiar, amigo, bem pertinho. Outra coisa boa ali é que as referências são muitas e quem já participou antes de uma festa se sente em casa. Além disso é mais fácil o acesso para as bandas e para os moradores e é mais simples para se ordenar o parque atrás da Igreja-Mãe, numa rua quase plana. E de negativo temos que a rua faz uma pequena curva e impossibilita a visão plena do palco para quem está muito longe – mas pode-se mudar o sentido e fazer o palco diante do Cruzeiro, como em 2009 – e haverá o aperto e as barracas em posição que desagradam os comerciantes, além de fechar as portas de várias residências. O fato do barulho devido ao som parece não incomodar ninguém, pois em enquetes anteriores, isso foi descartado. Agora o que não pode é deixar que coloquem espetinhos na avenida, jogando fumaça nas pessoas e dentro das casas.
Lá diante do Bacurau temos que o espaço é pouco. Tem espaço para palco e público, mas e o resto? sim, ficarão nas beiras, nas ladeiras? imaginem um parque numa ladeira. É perigoso meus amigos e se acontecer uma desgraça, aí que o bicho pega. Segundo o meu conhecimento da área, também fica complicado para o acesso das bandas. As barracas deverão ficar na Rua Antonio Toscano e o parque na praça do Cemcap, que não sei se suportará devido as árvores. Outro fator é que se ventar forte, manda todos os que vão apenas olhar e comer e beber pra casa mais cedo, pois ninguém aguenta 6 horas exposto a uma ventania que está bem fria nestes dias – parece inverno. Ali, a céu aberto, também foi percebido que o som sofre uma grande dispersão e pode tirar um pouco do brilho da festa.
Aos organizadores, nomeadamente aos técnicos, cabe o peso da decisão final, pois é preciso levar em conta não apenas os anseios de quem vai se divertir, mas de quem trabalha para fazer acontecer e dar suporte durante a festa. Lá em cima, com a festa em andamento, é preciso que haja segurança para o povo, para os equipamentos, saída de emergência para ambulâncias em caso de necessidade, facilidade para as bandas chegarem no local, fechamento e isolamento de ruas, reposição de mercadorias, colocação de banheiros, capacidade e suporte de iluminação, etc.
Dito tudo isso, acredito que a festa se for realizada na Manoel Pedro, precisa somente ser aprimorada em alguns pequenos detalhes, que os organizadores já sabem depois de realizar os eventos anteriores, enquanto que lá em cima no Bacurau será uma incógnita que pode dar certo, mas pode dar errado. É bem diferente em tamanho uma festa de Emancipação com a festa do Padroeiro. Aí é de quem comanda decidir e que vença o que parecer melhor.
Deixo duas fotos para os amigos verem e tirarem ideias mais embasadas. Clique na foto para ver em tamanho maior.
Festa na Manoel Pedro
Festa na Manoel Pedro
Festa no Bacurau
Festa no Bacurau

Redação A Voz da Serra
Geraldo Guilherme, blogueiro, fotógrafo, esc

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Fernando Lúcio: E-mail: donainesonline@hotmail.com. Tecnologia do Blogger.