Inquérito aponta indícios da participação de Manoel Dias em esquema para que funcionários do PDT recebessem, sem trabalhar, salários de uma entidade que mantinha convênios com a pasta, em contrato de R$ 11 milhões; Dias negou envolvimento em irregularidades e atribuiu as acusações a "fogo amigo"; ele e o ex-ministro Carlos Lupi também foram acusados pela empresária Ana Cristina Aquino de participação em esquema de pagamento de propina para criação de sindicatos, setor que movimenta R$ 2 bilhões por ano
247 - A Polícia Federal pediu a abertura de investigação do ministro do Trabalho, Manoel Dias. Com foro privilegiado, caberá à Justiça Federal em Santa Catarina decidir se envia ou não o caso ao Supremo Tribunal Federal.
Um inquérito da PF aponta indícios da participação de Dias em um esquema para incluir militantes do PDT na folha de pagamento de entidade que prestava serviços ao ministério, em contrato de R$ 11 milhões.
A investigação foi aberta após denúncia do ex-presidente da Juventude do partido em Santa Catarina, John Sievers. Segundo ele, Dias montou um esquema para que funcionários do partido recebessem, sem trabalhar, salários de uma entidade que mantinha convênios com a pasta. Em 2008, ele diz que recebia pagamentos mensais da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim (ADRVale), com sede em Brusque (SC) e comandada por pedetistas. No entanto, atuava na Universidade Leonel Brizola.
O ministro do Trabalho negou irregularidades e atribuiu as acusações a "fogo amigo": "Nunca fiz nenhum pedido desse tipo. Quem é esse cara para me acusar de qualquer coisa? Não falei para ele trabalhar para ONG".
Manoel Dias também foi acusado pela empresária Ana Cristina Aquino, em entrevista à revista Istoé, de participação em esquema de pagamento de propina para criação de sindicatos, setor que movimenta R$ 2 bilhões por ano (leia mais).
Ana Cristina é dona de duas transportadoras, a AG Log e a AGX Log Transportes, e durante três anos fez parte da máfia que agora denúncia. A Polícia Federal em Minas Gerais já tem indícios de que suas empresas serviam como passagem para o dinheiro usado no pagamento das propinas para a criação de sindicatos.
Leia aqui reportagem do Estado de S. Paulo sobre o assunto.
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