sábado, 16 de abril de 2011

Morre Zeca Boca de Bacia, personagem do folclore político campinense



Hoje, Campina Grande perdeu um gênio do povo. José Albuquerque de Farias, o famoso Zeca Boca de Bacia, faleceu.
 
Personagem folclórico da política campinense, Zeca Boca de Bacia sempre gozou da intimidade dos ex-governadores Ronaldo Cunha Lima e Cássio Cunha Lima. Serviu aos dois como assessor público, dando sua modesta contribuição ao serviço público.
 
Mas era no mister de fazer rir que Zeca se superava. Dono de uma criatividade impressionante, o comerciário, radialista, candidato a vereador, filho do Zé Pinheiro e raposeiro é dono das melhores tiradas de Campina Grande.
 
Sua fama chegou ao presidente Lula, que quis conhecê-lo. Não teve a oportunidade. Perdeu de conhecer uma figura de raciocínio rápido e infelizmente de vida curta.
 
Quando governador, Cássio chegou a leva-lo para uma audiência com a ministra da Casa Civil, hoje presidente DIlma. Zeca tirou foto com ela.
 
Ele será enterrado neste sábado.
 
Soro positivo, Zeca morreu sem deixar filhos. Deixou uma vasta lista de anedotas e uma legião de admiradores. Entres eles, este humilde blogueiro.
 
Tem nada não. Quando estivermos juntos novamente um dia, espero que ele esteja com repertório novo.
 
Abaixo, algumas tiradas de Zeca:
 
 
O plano
 
Certa vez, numa de suas internações na Clínica Santa Clara, em Campina, a enfermeira foi logo perguntando: “Qual o seu plano ( de saúde)?”. Zeca não pestanejou: “Ficar bom!”.
 
Dando ré
 
Certa vez, Zeca pegou um táxi em Brasília para ir à casa de Ronaldo Cunha Lima. Em frente à casa do poeta, o taxista cobrou R$ 15. Zeca só tinha R$ 10. Como não tinha acordo, disparou: “Então dê Cinco Reais de ré!”.
 
Segunda opção
 
Em João Pessoa, num restaurante chique, ele pediu um bode assado. O garçom retrucou: “Desculpe-me, senhor, aqui só servimos frutos do mar”. Zeca emendou sem dar tempo: “Então me traz uma água de côco”.
 
Rachando
 
Outra vez, outro taxista cobrou R$ 20. Zeca, que só andava “liso”, só tinha R$ 10. E pagou. “Cadê o resto?”, perguntou taxista. Zeca não hesitou: “E eu vim sozinho? Vamos rachar!”.
 
Malícia
 
Mais recentemente, estava em São Paulo, no Brooklin, e chamou um táxi. Queria ir à Central da Globo. Quando o carro chegou, ele se espantou: era uma mulher no volante. Gentilmente, ela perguntou: “O senhor quer que eu pegue o minhocão (túnel)?”. Zeca disparou: “Se a senhora souber dirigir de uma mão...” e foi tirando as calças...

 
 
Luís Tôrres

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