
É voluptuoso ver a encenação dos Vital do Rego bajulando Aguinaldo Ribeiro, enaltecendo-o e até defendendo-o como candidato ao governo. Aliás, como deve ser difícil para os dois irmãos fazerem isso com quem não suportam ouvir a voz. É motivo de, paradoxalmente, asco e prazer por parte da família do ministro, que sofreu por muitos anos com a ação sorrateira dos Vital.
Uma bajulação que tende a ser acentuada após o mais recente encontro de Aguinaldo com Dilma. Vital sabe que pra tratar sobre a Paraíba Aguinaldo vai sozinho. Sem precisar de Michel Temer.
Da reunião, a convicção de que a presidente não estará disposta a mexer mundos e fundos para fazer de Veneziano do PMDB candidato
único e exclusivo do seu projeto na Paraíba, arrastando a força o PT para os braços do Cabeludo. E mais: de que essa prerrogativa está mais nas mãos de Aguinaldo do que de Vitalzinho, um senador do PMDB que deseja o apoio do PT e o cargo de ministro da Integração Nacional pela força e não pelo convencimento.

Obrigados estrategicamente a bajular Aguinaldo Ribeiro, já mandaram diversos recados. Consideram-no lindo, política e eleitoralmente forte, trabalhador, eficiente e, em bem pouco tempo, não se surpreenda se passarem a dizer que Daniella Ribeiro deveria ter sido eleita prefeita de Campina Grande. Querem ter Aguinaldo e o Blocão para si. Nem que seja no segundo turno. Porque sabem que não se ganha eleição sem integração, nacional ou local. Experiente, Aguinaldo Ribeiro parece saber que a mão que afaga é a mesma que apedreja. E quem engole corda é cacimbão. Não ministro das Cidades.
por Luís Tôrres
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