Operação flagrou irregularidades na realização de festas na Paraíba.
Fantástico divulgou detalhes do esquema de superfaturamento.
Novas gravações, que serão usadas nas investigações da Operação Pão e Circo, entre empresários foram divulgadas pela TV Cabo Branco nesta segunda-feira (30). A operação flagrou irregularidades na realização de festas de cidades da Paraíba. Na gravação inédita, feita com autorização da Justiça, empresários debocham da situação difícil em alguns municípios devido à seca.
“Em todo canto tá fazendo, rapaz. Isso é besteira”, diz um empresário. “Agora não pode fazer o que você queria fazer, botar (sic) Garota e Aviões em uma noite só. Aí não existe, é o cara chamar atenção demais. Você faz um São João bom, sem precisar de muito escândalo”, comenta na gravação. Veja no vídeo ao lado a gravação completa.
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Este ano, quase 200 cidade paraibanas decretaram situação de emergência por causa da estiagem. Desses, 12 chegaram a cancelar as festas juninas para focar os recursos no combate à seca.
Ao todo, 27 pessoas foram presas na operação, entre eles prefeitos Solânea, Alhandra e Sapé. A quadrilha agia em 30 cidades paraibanas e em mais três estados do Nordeste. Neste domingo (29) uma reportagem do Fantástico mostrou novos detalhes do esquema.
Os documentos apreendidos na operação Pão e Circo estão sendo analisados pela Corregedoria Geral da União. “Em aproximadamente 30 ou 60 dias, a Controladoria deve apresentar o relatório final, que será apresentado ao Ministério Público estadual e à Polícia Federal, que irão apresentar a denúncia à Justiça”, garantiu o chefe substituto, Rodrigo Serrano.
O procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro, informou que a denúncia será feita logo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo ele, não há o que questionar sobre a veracidade das provas levantadas nas investigações. “Elas são consistentes e leva ao Ministério Público um juízo de convicção”, comentou.
Trigueiro havia pedido o afastamento dos três prefeitos ao Tribunal de Justiça, que respondeu positivamente ao Ministério Público. Porém, a situação foi revertida no STJ. O procurador-geral já pediu a reconsideração do Superior.
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